quinta-feira, 24 de junho de 2010

A refrigeração com utilização da Amônia

15 / 12 / 2008A refrigeração com utilização da Amônia


Por ambientebrasil
Antonio Germano Gomes Pinto (*)

A amônia é absolutamente inofensiva ao meio ambiente por ser um produto natural, e precisa, com a maior urgência possível, substituir os chamados cloro flúor carbonos, também conhecidos como CFCs, inimigos mortais do meio ambiente.
Os CFCs são produtos artificiais, criados pelo homem e com grande poder de destruição da camada de ozônio, devido ao enérgico poder redutor que possuem.
Os CFCs, ao serem liberados ou escaparem do compressor da máquina de refrigeração, se expandem rapidamente, tornando suas densidades muito mais baixas que a do ar atmosférico, devido à brusca descompressão, e atingem rapidamente as mais altas camadas atmosféricas alcançando a “manta” protetora de ozônio quando são oxidados por este.
O ozônio é o oxigênio “oxidado”, muito instável, por isso, quando a camada, “manta” protetora de ozônio é “invadida” pelas moléculas dos CFCs, há uma rápida reação química com a oxidação do carbono, do cloro e do flúor, com o agravante de que uma única molécula de CFC desequilibra e decompõe varias moléculas de ozônio.
Devido ao exposto acima, a camada de ozônio vem se rarefazendo, daí o surgimento dos “buracos” por onde passam os Raios Ultra Violetas, causadores do câncer de pele e responsáveis, também, pela destruição das micro faunas e floras.
A amônia tem aproximadamente a metade da densidade do ar, ou seja, 0,5967, se fizermos a densidade do ar igual a 01 (um), Densidade relativa.
Caso a amônia, por qualquer motivo, “escape” do processo industrial, imediatamente se dissipará no ar atmosférico indo, também, para as camadas mais altas da atmosfera, porém, por ter caráter alcalino, reage com a umidade atmosférica se transformando em hidróxido de amônio que, por sua vez, reage com o gás carbônico, gerando carbonato de amônio, um sal natural, inofensivo ao meio ambiente e nutriente do solo.
É verdade que a amônia, quando inalada em grandes concentrações, pode causar edema no trato respiratório, espasmos na glote e asfixia.
A máxima concentração suportada pelo organismo em exposição por 08 horas é de 100ppm (partes por milhão), mas começa-se a perceber a presença da amônia no ar a partir de 53 ppm (partículas por milhão), portanto facilmente detectável no meio ambiente, o que permite uma fácil e rápida detecção e prevenção de possíveis agressões ao organismo. É verdade que as indústrias e depósitos comerciais de grande porte que necessitam de grandes ambientes refrigerados já empregam a amônia nos processos de refrigeração com excelentes resultados, como nos frigoríficos, fábricas de gelo, laticínios, etc.
Seria muito importante e o meio ambiente agradeceria se a utilização da amônia se estendesse às fábricas de geladeiras, freezer e aparelhos de ar condicionado.
Acredito que isso ainda não está acontecendo devido ao rigoroso controle dos Órgãos de Segurança sobre a utilização da amônia nos processos industriais.
A amônia não possui propriedades explosivas ou detonantes, porém pode ser utilizada como matéria prima para fabricação de tais produtos.
É preciso que se esclareça que, para se fabricar explosivos ou detonantes a partir da amônia, seriam necessários equipamentos sofisticados e específicos para essa finalidade.
Nunca, em hipótese alguma, uma indústria eletro-mecânica, um frigorífico ou uma fábrica de gelo teriam condições de utilizar a amônia para outros fins que não sejam a refrigeração.
Faz-se necessária uma urgente reavaliação da amônia como produto controlado.
O meio ambiente agradeceria!
* É bacharel e licenciado em Química, químico industrial, engenheiro químico, especialista em Recursos Naturais com ênfase em Geologia, especialista em Tecnologia e Gestão Ambiental, professor universitário e autor de duas patentes registradas no INPI e em grande número de países.
aggpinto@hotmail.com ou ag.pinto@uol.com.br

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